AMAZÔNIA, POVOS ORIGINÁRIOS E A LUTA CONTRA O ETNOCÍDIO: DESAFIOS E RESISTÊNCIAS FRENTE À COP 30.

O objetivo principal do presente estudo consiste em propor a descolonização das relações entre cultura e meio ambiente, defendendo a adoção de modelos de existência que reconheçam as múltiplas epistemologias dos povos originários, de quilombolas e de matriz africana, dentre outras formas de cultura que estejam na contramão da hegemonia eurocêntrica. O estudo busca integrar essas perspectivas nas discussões sobre a crise ambiental global, ressaltando a importância das práticas sustentáveis desses povos para a construção de um futuro justo e equilibrado. Em termos metodológicos, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa, fundamentada nas contribuições de Ailton Krenak e Nego Bispo, com o intuito de analisar as relações sobretudo, entre os indígenas, quilombolas e o meio ambiente. Em sua conclusão, o estudo aponta que a COP 30 constitui uma oportunidade crucial para não só discutir no campo epistêmico, mas, viabilizar de forma efetiva as soluções para a crise ambiental. Mas, para que tal conferência tenha um impacto eficaz, é imprescindível que as propostas e demandas daqueles que se ligam aos saberes ancestrais, sobremaneira, indígenas e quilombolas sejam incluídas de forma significativa na pauta política e socioambiental. O estudo conclui que a luta dos povos indígenas e quilombolas, ao resgatar formas de vida tradicionais e sustentáveis, oferece um caminho viável para enfrentar uma crise socioambiental global.