ASPECTOS CLÍNICOS E BIOLÓGICOS DA BORRELIA BURGDORFERI: UMA REVISÃO DA LITERATURA



ASPECTOS CLÍNICOS E BIOLÓGICOS DA BORRELIA BURGDORFERI: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Isabela Fanelli Barreto Biscaia
Samantha Nascimento Gomes
Patrícia Bubna Biscaia
Mileni Milani
Ricardo Lucas dos Anjos da Luz

30/05/2025
61-73
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A Borrelia burgdorferi é uma espiroqueta do filo Spirochaetes, agente etiológico da doença de Lyme, transmitida por carrapatos do gênero Ixodes. Descrita como causa infecciosa por Dr. Alan Steere em 1977, teve sua identificação confirmada por Dr. Willy Burgdorfer, ao encontrar espiroquetas em carrapatos de áreas endêmicas. Com morfologia espiralada e motilidade característica em “saca-rolhas”, a bactéria apresenta metabolismo microaerófilo, não forma esporos e exige condições específicas para cultivo, o que dificulta sua detecção laboratorial. As manifestações clínicas variam conforme o estágio da infecção, desde o eritema migrans até complicações articulares, neurológicas e cardíacas. No Brasil, os primeiros casos foram relatados em 1992, mas o diagnóstico ainda enfrenta limitações, principalmente pela inespecificidade dos sintomas e restrições metodológicas. A cultura é mais eficaz nas fases iniciais da infecção, enquanto os testes sorológicos seguem como principal ferramenta diagnóstica. Os fatores de virulência, como a variação antigênica e a motilidade elevada, favorecem a evasão do sistema imune e contribuem para a cronicidade do quadro clínico. A prevenção inclui o uso de roupas adequadas, manejo da vegetação em áreas de risco e inspeção cuidadosa do corpo para remoção precoce de carrapatos, essencial para evitar a transmissão da bactéria.
Ler mais...Espiroqueta; Carrapato; Doença de Lyme
ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM MICROBIOLOGIA: TEORIA E PRÁTICA - VOLUME 2
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