CARACTERÍSTICAS DOS FUSOS MUSCULARES: MORFOLOGIA E FUNÇÃO DOS MECANORRECEPTORES

Os fusos musculares são estruturas sensoriais presentes nos músculos esqueléticos, essenciais para o controle dos movimentos e para a propriocepção do corpo, ao atuarem em conjunto com o sistema nervoso central. Essas estruturas ficam encapsuladas e se distribuem de acordo com o formato e a região do músculo, geralmente próximas aos nervos, vasos sanguíneos e ao tecido conjuntivo, com maior concentração na parte proximal do ventre muscular. Em casos de doenças neuromusculares, como atrofias e distrofias, a função dos fusos pode ser prejudicada, o que favorece desequilíbrios, quedas frequentes e alterações no padrão de marcha. Este capítulo tem como propósito apresentar uma revisão da literatura sobre o tema e reunir as principais metodologias utilizadas para avaliar os fusos musculares de forma morfoquantitativa. A seleção dos estudos foi feita por meio das plataformas PubMed, Scopus e Google Acadêmico, considerando técnicas que avaliam densidade, espessura da cápsula, número de fibras intrafusais e a forma como os fusos estão distribuídos. Os estudos analisados mostram que, apesar da importância dessas estruturas, elas ainda recebem pouca atenção nas análises funcionais e nos tratamentos voltados às doenças musculares. Dessa forma, compreender melhor os fusos musculares é essencial para o avanço de estratégias terapêuticas que promovam maior qualidade de vida a pessoas com comprometimentos motores.