DEPRESSÃO E SOLIDÃO NA TERCEIRA IDADE

Introdução: A inversão da pirâmide etária em direção a uma população envelhecida é uma das transformações mais significativas da modernidade, trazendo grandes desafios no campo da saúde mental. Os transtornos depressivos e a solidão são problemas frequentes entre idosos, impactando de maneira profunda a qualidade de vida. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, tendo como principal base de dados a plataforma PubMed, foram utilizados na pesquisa os termos “Aged” AND “Depression” OR “Loneliness”. Foram considerados estudos independendo da metodologia, idioma e data de publicação. Resultados e Discussão: Foram encontrados oito artigos com temáticas pertinentes. A depressão em idosos é muitas vezes subdiagnosticada devido à sobreposição de sintomas com condições relacionadas à perda sensorial e às doenças crônicas, sendo fundamental o uso de ferramentas como a Escala de Depressão Geriátrica (EDG) para o rastreamento dessa condição. Analisa-se os fatores de risco biológicos, psicológicos e sociais. Além disso, são revisadas intervenções eficazes, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mindfulness e a terapia de grupo. O uso de psicofármacos deve ser realizado conforme a apresentação da doença, sua gravidade e o quadro clínico geral do paciente, pois exige um monitoramento cuidadoso devido a potenciais efeitos colaterais em pacientes idosos. Conclusão: O manejo da depressão na terceira idade requer, portanto, uma abordagem individualizada e multidisciplinar, onde o combate a solidão é fundamental. Dessa forma, é possível promover o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos.