DESVENDANDO AS LEISHMANIOSES: UM ALERTA PARA A SAÚDE ÚNICA EM TEMPOS DE INCERTEZA CLIMÁTICA

Este capítulo apresenta o perfil epidemiológico das leishmanioses, os impactos das mudanças climáticas na dinâmica de transmissão dessas doenças parasitárias e ressalta a necessidade de políticas públicas intersetoriais e sustentáveis. As leishmanioses são doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de fêmeas infectadas de flebotomíneos, como o mosquito-palha. Afetam humanos e animais, especialmente cães, que podem atuar como reservatórios. Em um cenário de mudanças climáticas, o enfrentamento dessas doenças representa um desafio crescente para as políticas públicas de saúde. O aumento da temperatura e as alterações nos padrões de precipitação favorecem a expansão dos vetores para novas áreas, exigindo vigilância epidemiológica constante e integrada a dados climáticos. Identificar áreas de risco é importante para ações preventivas eficazes. Contudo, há limitações significativas, como a escassez de recursos financeiros e de programas educativos, que comprometem a conscientização da população e o controle dos vetores. É importante a integração entre saúde e meio ambiente nas políticas públicas, demandando investimentos em infraestrutura e estratégias adaptativas para o controle das leishmanioses em um contexto de mudanças ambientais.