ENTEROBACTÉRIAS EM AMBIENTE DE CRIAÇÃO DE OSTRAS (CRASSOSTREA SP.) NO MUNICÍPIO DE ALCÂNTARA, MARANHÃO

Objetivo: Objetivou-se determinar a ocorrência de enterobactérias em ambiente de criação de ostras (Crassostrea sp.) no município de Alcântara, Maranhão. Métodos: Para isso, foram realizadas sete visitas a um cultivo de ostras e coletadas duas amostras de água em cada visita, maré seca e maré cheia, totalizando 14 amostras. Para isolamento e identificação de enterobactérias foi empregada metodologia microbiológica convencional. A identificação das bactérias isoladas da água foi realizada por meio de painel bioquímico comercial composto por 15 parâmetros (indol; Voges Proskauer; citrato de Simmons; produção de H2S; hidrólise da uréia; motilidade; descarboxilação de lisina; malonato; dnase; fermentação de manitol; raminose; ramnose, maltose; xilose; e, hidrólise da esculina). Resultados: Foram isoladas 42 cepas bacterianas com a identificação fenotípica de 12 espécies distintas de enterobactérias. As espécies mais frequentes foram: Escherichia coli; Enterobacter agglomerans; Citrobacter amalonaticus; e, Citrobacter koseri. Identificaram-se também em menores frequências, Enterobacter fergusonii; Citrbacter freudii; Salmonella enteritidis; Proteus mirabilis; Proteus vulgaris; Klebisiella oxytoca; Enterobacter aerogenes; e, Enterobacter cloacae. Houve predominância da espécie E. coli em relação às demais enterobactérias isoladas no ambiente de cultivo, representando quase um terço dos micro-organismos isolados. Conclusão: Conclui-se que as 12 espécies de enterobactérias isoladas são indicativas de condições higiênicas insatisfatórias e representam riscos epidemiológicos e sanitários para o meio ambiente, a biodiversidade aquática e a saúde humana.