MALÁRIA ALÉM DO MOSQUITO: O IMPACTO DO DESMATAMENTO E DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA SAÚDE

Este capítulo destaca a malária como um persistente desafio de saúde pública e ressalta a necessidade de estratégias integradas de prevenção e controle em tempo de intensificação das mudanças climáticas e de degradação ambiental. A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. No Brasil, as espécies mais comuns são P. falciparum, P. vivax e P. malariae, sendo a primeira associada às formas mais graves. A doença permanece como um importante desafio de saúde pública, afetando milhões de pessoas, sobretudo em regiões tropicais e subtropicais. Fatores como pobreza, desmatamento, acesso limitado à saúde e mudanças climáticas dificultam o controle da transmissão. O aumento das temperaturas e a alteração nos padrões de precipitação favorecem a proliferação do vetor e podem expandir áreas de risco. A prevenção exige uma abordagem integrada, com políticas públicas adaptadas aos cenários climáticos, fortalecimento da vigilância epidemiológica e ações educativas. Apesar de curável, a malária demanda resposta contínua e investimentos em diagnóstico, tratamento e mitigação dos impactos ambientais sobre sua distribuição.