ÔCULOS DE REALIDADE VIRTUAL COMO FERRAMENTA PARA SIMULAÇÕES DE AULAS DE CAMPO

O capítulo investiga a integração da Realidade Virtual (RV) no ensino de Geografia, visando superar a falta de aulas de campo em escolas públicas devido a limitações financeiras e logísticas. Fundamentado em teóricos como Pierre Lévy (cibercultura e inteligência coletiva), Edgar Morin (abordagem complexa) e John Dewey (aprendizado ativo), defende a RV como ferramenta complementar às atividades presenciais. A tecnologia permite experiências imersivas em locais remotos (ex.: parques, museus), preparando alunos para visitas reais e ampliando o engajamento por meio de interações multissensoriais. O método proposto divide-se em três etapas: Planejamento: Seleção de conteúdos (ex.: biomas do Parque Nacional do Caparaó) e uso de plataformas como o Artsteps para criar simulações. Imersão: Utilização de óculos VR (ex.: Oculus Rift) com mediação docente para orientar a exploração virtual. Reflexão Crítica: Discussões em grupo e produção de relatórios para consolidar o conhecimento. A RV não substitui as aulas de campo, mas as potencializa, oferecendo acesso a experiências geográficas complexas e promovendo aprendizagem significativa. Entretanto, sua implementação enfrenta desafios como custos de equipamentos, infraestrutura tecnológica e formação docente. Conclui-se que a RV é uma ferramenta inovadora para tornar o ensino mais dinâmico e inclusivo, preparando alunos para um mundo globalizado, mesmo em contextos com restrições. Palavras-chave: Realidade Virtual, Ensino de Geografia, Aulas de Campo, Tecnologias Educacionais, Inovação Pedagógica.