RETRATO DA FORMAÇÃO QUANDO ARTISTA: O ENTRE HORIZONTES DE MANOEL DE BARROS

Neste estudos busca-se correlacionar certas apreciações críticas com algumas perspectivas compositivas nas criações poéticas de Manoel de Barros (2010). O estudo dos textos críticos (Compagnon, 2012; Eagleton, 1991; Araújo, 2016) possibilita a visualização de uma poética que destaca a adoção da metalinguagem; a tematização da formação artística, a integração junto à natureza (Gomes, 2009) o diálogo com as artes visuais; a bricolagem; o extravasamento semântico-visual; e o jogo entre matéria e desmaterialização (Menegazzo, 2009). E, de outra parte, a esse levantamento são adicionados ângulos de compreensão da constituição literária manoelina, como os aspectos associados à expressão das imagens nos poemas e à configuração lírica (Goldstein, 2006; Aguiar e Silva, 2007). Dado o exposto, destacamos que as propostas críticas estudadas para esta pesquisa expõem perspectivas de grande valia para a compreensão das obras manoelinas. A adoção dos aportes metacríticos propiciou ao estudo um horizonte analítico e interpretativo diverso, os quais possibilitaram a construção de uma compreensão mais profunda das obras de Manoel de Barros, principalmente para os itens ligados à visão de mundo, às interfaces artísticas e à elaboração poética.